Finalmente

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ABANDONO DE ANIMAIS: 2007 PIOR ANO DE SEMPRE! Vamos fazer com que este ano não se repita. Nas Férias não abandone o seu melhor amigo.


A agência Lusa noticiou que no Verão de 2007 é «o pior de sempre» em Portugal, em relação ao abandono de animais! Em Portugal, mais de dez mil animais são abandonados anualmente. Os números são da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal e reflectem uma realidade cada vez mais frequente na nossa sociedade. Os motivos para o abandono de animais são quase sempre os mesmos, desde factores económicos até à falta de consciencialização .

Nunca os portugueses abandonaram tantos animais como este Verão, garantiu à Lusa a fundadora da associação de protecção de animais SOS-Animal

"Temos falado com outras associações, temos comparado estatisticamente com outros anos e todos nós dizemos que este verão tem sido o pior. Tem sido uma coisa horrível", disse Lígia Santos, adiantando como possível explicação a actual crise económica que pode estar a levar muitos portugueses a abandonarem os seus animais por entenderem que estes são demasiado dispendiosos. "A vida está cada vez mais complicada monetariamente, mas as pessoas têm de entender que quando se adopta um animal é como se fosse um bébé que nós temos para o resto da vida, têm de pensar previamente nas férias, nas despesas de saúde que eles dão, nas despesas de alimentação", alertou. Apesar de ser difícil saber quantos animais são abandonados anualmente, Lígia Santos estima que possam ser "milhões por todo o país e milhares só em Lisboa"


"A maior parte dos ABANDONOS ocorrem nos períodos de férias.
Se para os humanos as férias são momentos de alegria, para os animais ABANDONADOS são momentos de terror. A questão que vale a pena colocar é: que tipo de ser humano é que pode saborear umas férias sabendo que cão/gato que ontem era o seu animal de estimação, está naquele momento à sede, fome, ou até ferido/morto? Uma espécie de ser humano que nós não queremos ter certamente como amigo.

Pelo facto de se pensar que não existem muitas alternativas para deixar os animais, os donos optam por se livrarem do empecilho que não iria permitir a estadia neste ou naquele hotel, optando muitas vezes por abrir a porta do carro em movimento, por exemplo na auto-estrada, que o levará ao paraíso prometido e que provocará o inferno ao animal.


É triste que o ABANDONO de um animal não esteja previsto na lei como um crime, já que ele tem como consequência a sua morte quase certa, devido aos inúmeros perigos a que o animal fica sujeito e à privação de comida e de bem-estar. Mas a lei prevê a aplicação de multas e sanções e sempre que conhecidos os autores, deve procurar que seja devidamente punido.
Com o ABANDONO os animais perdem todos os seus direitos: Direito a uma alimentação adequada, água limpa, tratamentos médicos e um espaço adequado a um desenvolvimento saudável e equilibrado.


Com o ABANDONO os animais ficam também perdidos, sem as referências que tinham dado como adquiridas: perderam a casa, o conforto, os cheiros que lhes eram familiares, as festas diárias do dono, a voz do dono, enfim perderam o seu porto seguro e encontram-se subitamente perdidos, enxotados para um meio desconhecido e cheio de ameaças.
Perante uma tal mudança, não nos é difícil imaginar como se sentirá o animal: assustado, carente, confuso e, claro, morto de tristeza, sendo muito frequente que fique deprimido ao ponto de, por vezes, deixar de comer.
Porque os animais sentem medo, solidão, tristeza, dor, entre outros que também nós humanos sentimos - o ABANDONO não provoca só os males físicos, provoca também um conjunto de sentimentos confusos que contribuem para a debilidade do animal. Diz-se muitas vezes que a tristeza mata, porque o animal entra em depressão e simplesmente deixa de comer e desiste, mesmo quando por vezes voluntários dedicados se empenham em lhe salvar a vida.
E apesar de não existir margem para qualquer dúvida dos efeitos do acto bárbaro que é o ABANDONO, ainda ouvimos tantas vezes tentativas de explicação para o inexplicável. Por exemplo, que o animal ao ser ABANDONADO desenvolve os seus instintos de sobrevivência e poderá, sem grande esforço, sobreviver e ter uma vida normal no seu meio natural (resta perguntar qual é ele, a rua cheia de movimento?). Na verdade, as pessoas que têm este tipo de alegação esqueceram certamente que o meio, dito natural, já não existe e, bem pelo contrário, existe sim um meio com muitas ameaças, em que sobreviver se torna uma tarefa quase impossível.
Os perigos que os animais têm que enfrentar para tentarem sobreviver são de tal ordem que a esperança de vida é muito reduzida, sendo comum a morte quase imediata por atropelamento. Quantas dezenas de animais cada um de nós vê todos os anos mortos nas nossas estradas, que são feitas de alcatrão e sangue?

Para os animais que conseguem evitar os perigos mais imediatos, como os carros, resta-lhes a luta permanente para obterem comida. Nestes casos o que pode acontecer é uma morte lenta: perda gradual de saúde por falta de alimentação, por contágio de muitas doenças, por feridas mal curadas derivadas de lutas com outros animais e também de maus-tratos provocados pelos humanos.
Os animais ao serem ABANDONADOS ainda têm a triste hipótese de virem a ser recolhidos pelos carros da Câmara, sendo o seu destino a entrada no corredor da morte. Para alguns, é triste ter que o reconhecer, é até uma morte rápida por oposição a uma morte potencialmente mais dolorosa.


são poucos os animais ABANDONADOS que escapam a uma morte em breve e em condições muito pouco dignas.


Os animais recolhidos pelas Associações, se não conseguirem uma nova casa, ficam o resto da sua vida numa jaula onde tem condições mínimas de sobrevivência e estão livres de perigo, mas não obtém o conforto de um lar, as atenções e mimos de um dono.
Os animais recolhidos pelas Câmaras Municipais ficam, no mínimo 8 dias, à espera de serem adoptados, sendo este o tempo que lhes resta de vida, pois no final se não tiveram a sorte de ser adoptados são frequentemente abatidos, até porque é preciso lugares vagos para que outros infelizes os venham preencher. São estes os nossos "campos legais de morte". Segundo o Decreto-Lei n.º 314/2003 de 17 de Dezembro decorrido o tempo mínimo as Câmaras Municipais podem dispor livremente dos animais, podendo mesmo ser decidido o seu abate pelo médico veterinário municipal.


O que é que já foi feito para diminuir o ABANDONO
Hoje já existem muitos hotéis para estadia de animais que garantem todas as condições para albergar animais de estimação no momentos em que os donos não podem ficar com os seus animais. Esta opção não é a mais económica, mas hoje já existem muitos hotéis o que significa que o preço tende a ser cada vez menor. Para obter informação sobre hotéis basta contactar uma loja de animais ou então um veterinário.
Existem também serviços de apoio domiciliário garantindo o bem-estar do seu animal no período em que está ausente. Este serviço é garantido com a deslocação das pessoas que irão tratar do animal à própria casa,
evitando, assim o stress habitual de mudança temporária de residência provocando o menor transtorno ao animal. Para informações contacte uma qualquer Associação de Defesa dos animais.
Por outro lado, é sempre possível contactar os amigos, verá que pode ficar surpreendido pela disponibilidade demonstrada em ocuparem algum do seu tempo a partilharem uma parte ínfima da vida com os seus animais.
Com o objectivo é diminuir o número de animais abandonados na época das férias, por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa lançou, em 2003, uma campanha de intercâmbio para quem quiser tomar conta dos animais de outras pessoas enquanto estas vão de férias. É uma iniciativa local, mas que pode servir de exemplo para que outras autarquias a sigam ou para que se replique até por vias informais de amigos e voluntários noutras zonas do País.


É por isso que não podemos desistir, baixar os braços e permanecer em silêncio. Basta o silêncio dos animais que não podem falar para defender os seus direitos. Há que travar o abandono. Para que sejam cada vez menos (e não cada vez mais) os animais que todos os anos são deitados fora como lixo.
Cada um de nós o que está a fazer sempre que sensibiliza os que lhe estão próximos para o flagelo que é o abandono dos animais de estimação. Sempre que não fica parado e denuncia casos concretos de abandono que tenha presenciado. Porque a mudança está a fazer-se, são cada vez mais as pessoas que se preocupam com os animais e com os seus direitos, mas é uma mudança lenta, que exige a nossa perseverança e dedicação. "
In site da Associação Zoófila

ELES CONTAM CONNOSCO

Não abandone o seu melhor Amigo. Ele não vai perceber porquê!

Hotel para animais:
http://www.montedosvendavais.com/body_por.htm
www.lpda.pt/site_ferias/hoteis.htm
http://www.petsitting.com.pt/
http://www.cm-odivelas.pt/CamaraMunicipal/ServicosEquipamentos/Ambiente/guia_ferias_canisgatis.htm

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